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Eu quero ser esse oásis.

 A uma gritaria na vizinhança,

uma grosseria nos comportamentos,

uma falta de educação que beira à selvageria. 

São insensatez e incoerência 

que tomam como verdade a ser ensinada no mundo.


O que tenho a oferecer é um oásis,

O que tenho a oferecer é um cantinho calmo,

Um  gesto leve, sereno, compreensivo e firme.


Eu quero ser esse oásis. 

O que tenho a oferecer, talvez, você nem saiba que exista,

O que tenho a oferecer é tão raro, é tão nobre e tão sutil,

é tão grandioso e tão refinado que poucos perceberão,

passará imperceptível aos olhos de muitos. 


Não importa,  

porque o que eu quero é isso mesmo, ser oásis

para os corações e mentes cansadas

do espírito grotesco dos tempos. 

Nunes  

Marcador de tempo.


 Marcador de tempo. 

O rio passa por toda a região,

mas é necessário esse exato instante em que o rio passa

ao pé dessa árvore, ou por aquela curva logo á frente,

Esse relógio marca as horas desse dia,

mas é necessário que ele marca esse exato momento

em que olho o rio e a curva do rio, 

aqui á sombra da árvore antes ou depois da curva do rio. 

Se o relógio não marcasse esse exato momento do dia,

se o rio não passasse por aqui a cada instante,

o rio passaria por aqui.

O tempo que não existe deve ser marcado para que exista,

como um ponto marcado em uma superfície,

como uma linha imaginária,

um ponto de apoio marcado no dia, na vida e na consciência. 

A filosofia solta no tempo e no espaço

que ignora o tempo dos homens

deixa os homens cotidianos  á deriva  em um mar

sem ponto de apoio,

sem ferramentas que marcam as direções do mundo.

A filosofia solta do espaço e no tempo abstrato

serve apenas para os homens não cotidianos.

Os homens pais de família precisam de marcar 

tempo e espaço, para que possam se orientarem 

na construção da vida cotidiana 

e nas obrigações e responsabilidade da mesma vida.  

É esse instante que faz o rio que passa. 

J.Nunes 


Névoa sobre o tempo e a vida

 




O soldado furioso 

e o poeta de amor apaixonado

por uma deusa no céu e por uma deusa na terra, 

caminham, navegam sobre a névoa que encobre 

o tempo e a vida. 


O poeta dizia: 

Amar apaixonadamente,

ver se, e ver com os olhos do amor

é o néctar, a essência da vida espiritual.


Sobre essa névoa do tempo  

sobre essa névoa suspensa no ar,

essa névoa de pensamentos 

que encobrem o passado, o presente e o futuro,

sobre essa névoa que não se prende a nada,

e existe suspensa sobre a matéria

que é condensação de tempo e espaço;

o pensamento, essa névoa do tempo e da vida,

encobre os olhos do navegante e do caminhante,

que feito soldado tenso,  valente, vive atento a todo instante

para não ser devorado pelos inimigos 

que aproximam e surgem da névoa. 


O poeta de amor apaixonado

vai por essa névoa

seus olhos são os olhos do amor 

e da devoção a mulher amada,

o poeta vê além da névoa do tempo e da matéria.  

O poeta é as vezes o soldado furioso

que esquece os olhos do amor. 

Nunes 

Não- Dualismo

 

Não-Dualismo

Eu Sou essencialmente o Ser

Tudo o que aparento ser,

Vem da dualidade da mente

Que precisa da posição para existir.

 

O Ser está muito além do dualismo,

E do emaranhado de conflitos que é a existência.

 

O ser está no Eu Sou,

O eu sou está além do tempo e do espaço,

Porém o Eu Sou está no coração tranquilo,

Muito antes do agora,

Muito depois do pensamento

Que está no passado ou no futuro.

 

Capturar no coração o Eu Sou,

É morar na consciência do antes do agora,

Aprofundar no Eu sou

É colocar a mente antes do dualismo,

Entrar em um caminho de unidade que nos conecta com o ser.

 

O Eu Sou não são eus,

Porque o eu sou é uma porta aberta para o Ser,

O Eu Sou não se abre para as possibilidades da personalidade,

O Eu Sou é Íntimo, estritamente, íntimo.

O Eu Sou é o silêncio da mente

Que não está no tempo da mente,

O Eu Sou está na concentração no coração,

Na morada de Deus.

 

O Eu Sou é o princípio,

A porta de entrada para o caminho do Ser

Que é unidade.

 

Posso construir a existência e o destino

A partir do Não-Dualismo

E das vivencias do Ser. 

Nunes

 

JNunes Poeta



 Castelo Abstrato

Sobre este pântano Construí meu castelo abstrato Feito um labirinto sem paredes por fora. Sobre este pântano Construí meu castelo sem paredes por dentro, Oco, porém nunca vazio, Porque não existe vazio. Onde existe espaço, É ocupado por tristeza, morte e medo. Feito um desbravador em terras distantes Procuro um terreno firme Para começar meu castelo concreto, Espiritualmente sólido, abstratamente real Porque o espírito e a alma é matéria.

Nunes

Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira