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Uma Criatura Vampiresca

Caminhou entre depravados sexuais,
E toda forma de homem decadente.
Era um criatura de aspecto vampiresco,
Que não pode aparecer no espelho,
Sua imagem refletida são as três faces demoníacas,
Feito o cão cérbero.

O mestre de rosto asiático,
Foi quem lhe deu o espelho,
Os membros daquela casa
Não pode conter o assombro,
Diante das três faces do diabo
Refletida no espelho.

Ninguém viu para aonde foi o mestre asiático,
Que disse que era horrenda
A criatura que se achava bela e pura.

A criatura declarou morte a si mesmo,
Morte aos diabos em si mesmo,
E disse gloria e viva ao Deus todo Poderoso!
Declarou morte ao demônio
Igual a  Belzebu saído do inferno.

José Nunes Pereira  

Demônios Luxuriosos

Entre nós sobre a nossa cama,
Um demônio pervertido, encosto,
Mais dois demônios rejeitos e luxuriosos,
Usaram o meu corpo para o seus desejos lascivos.

Conjurações, o Cristo,
Salmo 91, incensos e velas
Sal grosso, ovo e Aloe Vera...
Num ritual de magia que exorciza
Manda de volta para o inferno,
Que sejam tragadas pela terra
Essas femininas criaturas diabólicas
Que muito mal tem me feito,
Que sejam queimadas no fogo...

Cristo,  me traga a paz e o amor de Deus onipresente...

José Nunes Pereira 

Música Imprevisível


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Música Imprevisível 


Toquei feito corda de violão
O fio  desafinado
Da teia da Aranha de Bananeira...

O som imprevisível da queda d'água, 
Que depois corre entre árvores,
Mais o canto das cigarras,
Desse grilo,  o sapo o salto de um peixe,
Dos pássaros e das asas dos insetos,
Ventos nas folhas e estralar de bambus 
Arqueado ao vento...
O som de um bicho qualquer
E a qualquer momento,
Ainda o som de quedas de galhos 
E frutos, mais o sopro constante do vento
E da água que não cessa de cair e correr
Entre pedras e troncos.

A qualquer momento entra um vento mais forte
E a chuva fina  nas folhas e as gotas no chão e no rio. 
Os passos de um cavalo,
O ronco de um motor não muito longe...
A música imprevisível não para nunca,
Quando tudo cala resta o som de meu sangue
Correndo em minha veia, o som das mandalas da alma,
O timbre do cerebelo, a visão, o ouvido de outro plano 
E o som do coração que bate
E ama a música improvável.  

Quando tudo cala posso ver e ouvir
A voz de séculos que ainda está viajando
No espaço e fazendo essa música imprevisível...
A voz de uma mãe ainda chama,
Em um plano muito mais sutil, 
O menino que brincava embaixo das árvores.

O seu corpo deitado sobre a cama
Me lembrou o violão 
Que não pode tocar essa música improvável. 

José Nunes Pereira 


A Grande Tormenta

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A Grande Tormenta 

Choveu fogo do céu,
O telhado não pode conter as gotas de fogo.
Sobre o céu, aparelhos voadores
Pareciam vigiar e policiar a cidade.

Sai pelo teto ainda em chamas
Tive receio de que aqueles aparelhos voadores
Pudessem me ver saindo pelo teto destruído pelo fogo,
Enquanto pensava na grande tormenta,
Sai sorrateiro feito um anjo ou demônio que pode voar.

José Nunes 

Revolução do Amor



O olhar solidário
O coração pronto para entregar-se
A compaixão pelos seus semelhantes,
Uma correnteza de amor
Arrastando todas as pessoas
Para fazer o bem e deixar seus interesses em segundo plano,
Um raio luz na alma que levasse todos os homens
A compreender que a ganância
Cega os olhos da consciência e mata a felicidade da alma.

Uma onda de amor fraternal
Passando por todos os corações e mentes
Dispostas a amar  todas as criaturas com o amor de Deus
Que colocou a disposição de todos os seus filhos toda a sua criação.
Uma consciência de universalidade e individualidade na alma dos homens
Faria desse planeta o paraíso prometido.

J.Nunes


O BUDA TOURO - ESCORPIÃO

Três coisas que não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua e a verdade.

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Siddhartha Gautama 
Nasceu em berço de príncipe:
Boa comida, belas roupas, 
Perfumes, saúde, segurança, amigos, conforto e amor,
Tudo que o signo de Touro proporciona.
Um dia qualquer,  Escorpião, essa força oposta,
Apareceu para questionar o sentido da vida.

Siddhartha Gautama
Deixou o conforto e a beleza
Para conhecer a morte, a revolução, 
O sofrimento, o horror, a miséria, a doença e a dor;
Tudo que o signo de Escorpião 
Não nos deixa esquecer.

Siddhartha Gautama
Depois de conhecer a verdade 
Sobre a condição humana,
Depois de atingir a Iluminação
Se tornou a encarnação perfeita
De Touro-Escorpião,

Encontrou o ponto onde a matéria e o espirito
Se entrelaçam para formar 
O eterno ciclo de existência de todas as coisas
E pelo espírito desapegado da matéria
Transcendeu a vida e a morte.  

J.Nunes 

Terror em Gottinger

O professor dizia alguma coisa,
Uma data sobre Gottinger.
Hitler entrou com sua presença assustadora
Sua farda cor de palha
E seu coturno esmagador.
Para chamar a atenção do professor,
O ditador bateu na lata de lixo
Com seu chicote opressor...
Sua presença mostrou tudo
Que  viria depois.
O terror e o medo congelou a sala de aula.

Germinar

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fonte da imagem: http://blogdoconfucio.com.br/poemas-e-cronicas/


GERMINAR 

Nesse deserto da alma
Espero o orvalho da manhã,
Espero a chuva fina 
Sobre esse chão quente
No fim de uma tarde.

Espero o nevoeiro de um dia frio,
Espero que o vento me sopre
Para a fenda daquela pedra
Para ali esperar a chuva
E poder geminar.

Nesses escombros
Nessa penumbra 
Embaixo dessas ruínas
Conto com a sorte de uma gota
Escorrendo pelas pedras 
E caindo da minha boca aberta
Buscando água e ar.

Não é fácil germinar 
Dentro dessa fenda de uma pedra dura,
Sobre essa chão arenoso do deserto da alma.

A virtude da paciência
É flor que germina no lodo,
É a beleza nessa paisagem de morte e medo.

José Nunes Pereira 
  

Poesias Místicas : O mendigo que virou príncipe

Poesias Místicas : O mendigo que virou príncipe: O príncipe  adormeceu a sombra de um árvore, Um mendigo aproveitou se do descuido do príncipe imprudente, E com sua própria espada o deg...

Poesias Místicas : O mendigo que virou príncipe

Poesias Místicas : O mendigo que virou príncipe: O príncipe  adormeceu a sombra de um árvore, Um mendigo aproveitou se do descuido do príncipe imprudente, E com sua própria espada o deg...

O mendigo que virou príncipe


O príncipe  adormeceu á sombra de uma árvore,
Um mendigo aproveitou se do descuido do príncipe imprudente,
E com sua própria espada o degolou,
Roubou suas roupas e tomou o seu lugar.

O Rei, que nesse tempo já era viúvo, velho e doente
 Ficou muito triste e  morreu esperando
Que os soldados encontrassem seu filho muito amado.

Passaram se duas semanas e o mendigo
Vestido com as roupas do Príncipe foi encontrado.
Algo inesperado aconteceu,
O mendigo, depois de um banho e outros cuidados,
Ficou idêntico ao Príncipe Felipe.

O que ninguém sabia era que o rei
Foi pai de um menino renegado,
Filho de um linda donzela muito pobrezinha,
Que trabalhou no castelo como ajudante de cozinha.
Essa moça bela morreu no parto,
O menino foi deixado em um orfanato
De onde veio a fugir e se tornou mendigo.

Os soldados conduziram o rapaz com os trajes do Príncipe
E o apresentou no castelo como novo Rei verdadeiro,
O príncipe que roubou o poder e o trono do seu meio irmão,
O primeiro herdeiro na linha de sucessão,
Foi rejeitado pela nação.

 O novo  monarca era orgulhoso, vaidoso, arrogante e prepotente,
 E além de tudo não tinha bons modos e educação de um nobre.
O que deixou os membros da corte muito desconfiados do futuro rei,
É que ele não sabia falar em público e nada sabia de lei

Os conselheiros do antigo Rei começaram uma investigação.
 A  velha senhora Beatriz tinha com a nobreza um elo,
 Foi mãe de leite do Príncipe Felipe
 Por isso foi chamada ao castelo.
 Essa mulher contou que o verdadeiro nobre
Tinha uma pinta de nascença no calcanhar do pé esquerdo.

Para a senhora Beatriz não foi preciso mais do que olhar para o falso príncipe
E concluir que não era o seu Felipe.
A começar pela grosseria e a falta de educação,
O Príncipe Felipe era elegante nos gestos e na fala, era cortes e gentil
E isso se via em seu olhos bondosos.
O falso príncipe tinha olhos de tirano  e vil.

A velha se virou para ir embora diante da indiferença do falso príncipe,
Enquanto dava as contas ela se lembrou daquele filho bastardo do Rei...
Ficou paralisada diante do terror do destino,
Não pode aceitar seus pensamentos que diziam que o rapaz
Que se autodeclarou Rei era o filho da bela Heloísa,
Aquela moça muito pobre que trabalhou no castelo
E foi expulsa porque ficou grávida de um membro da nobreza.

A senhora se conteve, e foi embora assustada com seus pensamentos,
Quando chegou a porta do palácio
 A senhora Beatriz disse sussurrando a um dos conselheiros da realeza:
_Esse rapaz não é o Príncipe Felipe!
_Eu o vi esses anos todos em que estudou  na Inglaterra,
 posso afirmar que esse rapaz com olhos de tirano não  é  o Felipe.

Os conselheiros foram investigar
Em todos os lugares em que o Príncipe viverá nos anos de estudo
E conclui que de fato a senhora Beatriz tinha razão,
Mas onde estava  o príncipe Felipe
Esperado pela nobreza e por toda a nação.

Para desmascarar o falso príncipe,
Os conselheiros chamaram ao castelo os melhores historiadores do país
E um grande homem conhecedor de lei
Para conversar com o suposto  Príncipe Felipe.
Essa emboscada intelectual foi armada para o falso Rei
Porque o verdadeiro Príncipe  era um profundo conhecedor da história do mundo.

Como era de se esperar o falso Felipe se negou a discutir qualquer assunto,
Fugia do confronto, dizia que odiava conversa vazia.
O falso Rei gostava de caça e rinha de galo,
Seus gostos entraram em confronto com tudo o que sabiam de Felipe;
Um rapaz estudioso e conhecedor de filosofia.

Os dias foram passando
E  o povo não suportava mais os desmandos do falso príncipe e rei.
As investigações prosseguiram até que encontraram,
Próximo aos esgotos da cidade,
As ossadas de um rapaz.

O corpo foi levado em segredo para os laboratórios do castelo.
A velha senhora Beatriz foi chamada imediatamente
A senhora pensou que seria impossível reconhecer o cadáver
Mas para surpresa de todos ela caiu num choro desesperado e disse
Para todos os presente:
_É o Príncipe Felipe!
 Olhem a corrente de ouro no pulso dele!
O príncipe estava com essa corrente na última vez que eu o vi,
Essa é uma peça única,  feita especialmente para o Príncipe.
Ela concluiu: _ Quem o matou estava tão apressado
Que não quis perder tempo com a corrente de ouro no pulso.
Como era de esperar, a culpa caiu toda sobre o príncipe falso,
 Que confessou  tudo!
 Disse que sabia que era meio Irmão do Príncipe Felipe.

O Rei o havia procurado nos lugares mais pobres e sujos da cidade
E o propôs uma condição:
Deixar o país em troca de uma grande pensão...
Mas o filho renegado ambicionou a coroa e o poder
Se negou assinar o acordo com seu pai, o Rei.

Para a alegria dos plebeus
O falso rei foi morto em praça pública,
Junto com outros réus.

Nesse mesmo dia chegou a Princesa Isabele,
Que veio de um país distante,
Prometida em casamento ao futuro Rei Felipe.
A Princesa Isabele ainda não sabia da terrível  tragédia:
A morte de seu amado Príncipe Felipe,
Assassinado pelo seu meio irmão,
O mendigo que se tornou príncipe.

JOSÉ NUNES PEREIRA 

A terceira via

As nossas ideias do mundo,
A construção do mundo
Se dá  por nossa visão binária do mundo,
Essa lei que é a dualidade
Que justifica a estrutura da existência.

O imparcialismo é a lei binária
Que estrutura o universo,
Porém escapamos dessa prisão
Que fascina e ilude
Pelo caminho da unidade,
A consciência de existir dentro
De universo quântico,
Feito uma gota no oceano,
Uma gota consciente que é o todo
Sem perder sua consciência de existir,
Livre e individual.

O imparcialismo escapa da prisão quântica
Pela terceira via,
Essa via da consciência...

José Nunes




Loucura Quântica

 
  
Talvez os loucos, 
Mesmo inconscientes, 
Estejam mais perto da realidade, 
Do que aqueles que se dizem saudáveis de corpo e mente;

Talvez a realidade 
Que dizemos ser normal
Seja a verdadeira loucura provocada 
Pela fascinação com o mundo
Da matéria e do desejo. 

Talvez a realidade convencional
Seja uma loucura quântica 
Aos nossos olhos despertos 
Para a realidade atômica do universo.

Talvez a realidade tenha Comportamentos imprevisiveis
Diante de nossos olhos,
Feito nuvens que se deformam 
No céu e cotinuam sendo nuvem.

Talvez a realidade em sua essência 
Mais apurada seja uma dança atômica,
Onde viajamos com a consciência e Colidimos feito um gigantesco corpo 
Num espaço sideral atômico.

José Nunes 

Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira