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Subjugado

Sou fruto de um descuidado da morte,
Uma obra iniciada pela sorte,
Ou, que é mais provável,
Um desprezo do mundo e do destino,
Que me julgou indefeso  e inútil.

Eu não fui contado na agenda desse tempo,
E displicente como um vulcão adormecido
Que desperta em quanto todos dormem
E cobre a cidade de poeira e luto.


E como um prisioneiro de guerra,
Um escravo bondoso e agradecido
Que acorda no meio da noite,
Leve como o vento envenenado,
Mata os donos da casa.

Mais traiçoeiro que o cavalo de tróia.

Me foi negado as facilidades para a batalha,
Mas algo saiu do controle,
Contei com a lei que rege o caos,
E estou de pé,
Sou o cavalo azarão...
Sou aquele que teve que começar sem Qualquer  possibilidade de vencer.

Tenho mais vontade para a luta
Que a vontade do adversário
Em se apresentar para a batalha comigo,
Eu estou mais forte que o combate
Que a  vida coloca ao meu dispor,
Estou ansioso para a guerra.

J.Nunes

Dança ao som do silêncio

Cidade de Marília : José Nunes Pereira

Cidade de Marília : José Nunes Pereira: José Nunes Pereira,  editor dos blogs:  Blog Cidade de Marília, Citações para trabalho acadêmicos e Artigos Imparcialista,  professor...

Compreensão holística de Deus

A minha poesia terá o suspiro da morte
A loucura dos buscadores de um Deus que habita o silêncio
E a plenitude de um estado de alma.

Será muito difícil compreender essa poesia 
Que engolirá tudo que é sagrado no mundo,
Uma literatura que se entenderá ao rincões do universo
E fará do mundo espiritual uma coisa só
Com essa  compreensão holística de Deus.  

Sou um esfomeado das coisas de Deus...
Experimentei de suas delicias na alma
E não posso mais deixar,
Ou até mesmo negar que ele 
Está muito além do que pensamos dele.

Sua mística não pertence a essa ou aquela religião,
Sua mistica é o sopro da criação 
Que respiramos e nos sufocamos de tanto amor por ele. 

Ele não é o conceito que formulamos dele,
Estou livre no ar e no seu oceano de amor por todas as criaturas.


José Nunes Pereira 

A igreja de São Francisco

Foram lágrimas incontida
Enquanto esperava à porta 
Do templo franciscano.

Entrei na fila onde estavam esperando
Para entrar no templo

No caminho o monge
De habito franciscano,
Um homem de altura mediana,
Olhos e cabelos claros
E cerca de quarenta anos,
Disse sem nem uma cerimônia,
Que  eu deveria  ficar
Por quatorze anos
No templo de São Francisco.

Entrei na fila para entrar no templo,
Homens e mulheres bem mais velhos
Esperavam...
Enquando esperava,
Lembrei que por mais de vinte anos
Andei sem rumo nesse mundo,
Não pude me conter de felicidade e
Chorei de contentamento. 

José Nunes 

Coisa sorrateira



Guardarei a vida em silêncio,
Sou a flor fruto do lodo,
Sou um vacilo da lei,
Sou a sorte de estar vivo...
Sou a semente
Que cai na rachadura do asfalto.

Eu não estava no roteiro do mundo,
Não fui agendado para a vida
Sou aquilo que deu errado
Mas foi aproveitado para alguma coisa.

Peço perdão ao criador,
Mas um Querubim me deu á força descomunal 
E pude sobreviver ao destino.

Não estou na agenda do mundo
Por isso eu peço misericórdia
Aos seres de luz,
Peço que ignorem minha existência
E me deixe viver no desterro do
Mundo, num canto escuro,
Nas ruínas de uma casa abandonada.

Eu  sou o aborto da lei e da natureza,
Sou o que deu errado,
Mas que sobreviveu ao mundo.
O carrasco, o verdugo, o carcereiro
Vacilou, a corda ao pescoço ficou frouxa,
E escapei da morte.

Sou aquele cachorro de rua,
Doente e cheio de sarnas,
Esse cachorro magro
E esfomeado chutado das portas dos mercados.
Sou esse cachorro de rua
Que sobreviveu ao frio, a fome e a morte.

Fui esse cachorro de rua implorando
Sua atenção, sobrevivi ao desprezo,
Agora peço que por misericórdia
Me deixe sobreviver com os restos de comida 
Que eu pego do vosso lixo.

Sou a caça que se fez de morta,
Agora vivo e escolho esse caminho
Que não era o meu caminho.

Peço aos seres de luz
Que não  me tire essa chance
Que ganhei por uma vacilo
Do destino, que já teve sua chance
De por um fim na minha vida.

Eu sou um pequeno erro de cálculo,
Sou a coisa sorrateiro que cresceu 
Nos escombros e longe dos olhos do mundo.

Sou Ismael e sua mãe
Deixado para morrer no deserto.

J.Nunes

A mim nada foi pedido

A poesia que escrevo
É  tão insignificante
Quanto a minha pessoa
A poesia que escrevo
Ora é poeira da estrada,
Ora paisagem da estrada.

Ser poeira e paisagem
Na poesia que escrevo
Depende do caminho
Que construo enquanto
Caminho no ar.

Sou muito leve porque a mim
Nada foi pedido eu comprado,
Estou mais livre que filho único
De pai rico.


Sou fruto de um descuido do destino

Caminhei essa estrada sem chão,
Atrás eu  vejo alguém, a frente vejo outro alguém, na verdade vejo o mesmo homem,
Antes atrás  no caminho depois a frente no mesmo caminho.

Uma voz me fala versos similares aos do poeta Antonio Machado:
Meu caminho é  feito enquanto caminho.
Estou na vida por um erro da natureza,
Por um golpe de sorte, por uma superação improvável. Estou na vida porque escapei da morte...
Estou na vida sem um destino escrito,
Estou igual a um ator no palco encenando uma peça uma cena sem um roteiro escrito;
Estou na vida por um golpe de sorte,
Não tenho destino, apenas estou criando o caminho.

Eu pensei por toda vida que eu tinha um missão,  foi muito pretensão pensar que eu
Seria útil ao mundo. Agora eu sei que sou livre para ser qualquer coisa porque nada está programado para mim que deveria estar morto ou doente e sem autonomia.

Acordei para saber que ninguém espera qualquer coisa de minha insignificante pessoa.
No entanto eu me dou o trabalho de ser outro, sem pretensão de ser importante.

Aproveitando que estou vivo
E que por um golpe de sorte
Venci o destino e a morte
E ainda escapei por ser insignificante
Na  vida e no mundo; aproveitanto esse descuido do destino, serei outra coisa que não foi prevista, já que a loucura e a morte
Foi superada num golpe de sorte,
Num momento de total desprezo e indiferença das leis dos mundos sutiz.

Eu sou aquele perigo que cresceu nas sombras e ninguém viu.

Sou fruto de um descuido do destino...

José Nunes




O preço da Humildade


Padre Pio

O preço da humildade

Com imparcialidade
Podemos ver que nossa humildade
Está recheada de vaidade
E coberta de hipocrisia e falsa modestia.

Com imparcialidade
Podemos perceber que só aceitamos
Ser humildes se formos reconhecidos
E admirados por essa nossa
Suposta virtude;
Quando não somos reconhecidos
Nossa vaidade se transforma em ódio
Contra tudo e todos.

O preço da verdadeira humildade
É muito alto; custa a compreensão
E o desapego por qualquer forma
De reconhecimento desse mundo.

J.Nunes 

Estrada do ser

Dizem que devo interagir  com o mundo
Quando não consigo se quer interagir comigo mesmo.

Quero ouvir uma música
Que me ajunta e me unifica na consciência de existir por dentro e por fora.

Foram muitos anos querendo me identificar
E ser alguma personalidade no mundo.
Quero ser agora esse caminho
Que me leva para bem longe de ser
Essa cobiça e essa vaidade de ser.

Quero estar em silêncio
E ser a estrada do meu ser.

Papa Francisco

Francisco
Francisco trouxe a voz
Que o mundo contemporâneo necessita
Um tempo que se desmorona
Na desestruturação da sociedade
Pelo sistema capitalista e consumista
Capazes de destruir, prostituir
E deformar tudo, em nome do lucro


Suas palavras vão contra
A sociedade consumista
A sociedade capitalista
A desvalorização humana
Contra liberdade e os vícios
Que desconsidera a dimensão espiritual do homem
Contra a desvalorização da experiência humana
Contra o culto aos ídolos de nosso tempo
Os materialismos de nosso tempo
Que colocam os objetos acima
De nossa vida física e espiritual
E destroem a nossa dimensão da alma


Suas palavras trazem de volta
A nossa tradição cultural cristã
A base, a estrutura, a sanidade e os parâmetros
No qual a sociedade latina se sustentou
Até o momento
Suas palavras trás de volta o humanismo
A valorização humana, a virtude e os dons


Suas palavras trazem de volta a família
O amor fraternal, a caridade
E a compaixão cristã
Que está sendo destruída em nossos corações
Corrompidos e seduzidos pela serpente

De nosso tempo
O materialismo consumista e a liberdade
Que ignora a realidade espiritual do homem

Sua voz tem força e doçura
Força para expor a verdade e a justiça
E a brandura para conduzir
O povo cristão católico.


Francisco foi até pouco tempo
A voz que o mundo cristão precisava ouvir,
Mas agora Francisco está se mostrando
Muito mais comunista que parecia,
Agora ele está usando as armas
Do marxismo cultura
Relativismo e o nivelamento,
Para santificar tudo que a igreja condena.


Agora Francisco é globalista,
E com a mesma doçura de outrora
Fala contra o Cristo e sua igreja,
Usa as armas comunistas para destruir a igreja:
O relativismo e o nivelamento.

CompositorJ.Nunes

Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira