Pesquisar este blog

Ismael e sua Mãe



 Ismael e sua Mãe

Entristeço ao sentir
Que até o momento
Os descaminhos foi minha estrada,
A falta de um horizonte
Foi o meu horizonte.

Foi tudo tão incerto
Como um papel ao sopro de  ventos
Vindos dos quatro cantos.

Não aprumei desse caminho
Porque sonhava outras estradas...

Deixo essas estradas de sonhos
E ponho meus pés pelo caminho
E vou para o  deserto da alma.

Feito Ismael e sua mãe,
Espero na Providência Divina,
Este é o meu único caminho,
Porém,  sempre me esqueço,
E me perco em descaminhos e sonhos.

J.Nunes 

  

As Leoas Brancas

Resultado de imagem para LEOAS BRANCAS

As Leoas Brancas

A beira do rio as leoas brancas como neve
Não me permite voltar atrás...
Atravesso o rio despercebidamente
E sigo em frente.
Percebo que tenho poder sobre as águas.

A janela em ruína
Deixa entrar água da chuva,
Minha amada faz de tudo para retirar
A água que invade a casa,
Percebo num sonho,
E saímos com roupa de dormir
Dominando os ares feito dois passarinhos.

Nunes

19-11-2017

 

Sinapses

O Imperador está alerta
Aos sentidos e as sinapses da mente
E sabe por experiência  que os seres humanos
Dialoga  mais consigo mesmo
Que com outro ser humano;
Um diálogo de adormecimento da consciência. 

O diálogo inconsciente se inicia
Nas sinapses entre o que vem de fora e motiva o pensamento,
Entre o pensamento que nasce dentro na mente
Sem motivação imediata de fora,
Entre o que está fora e o que está dentro,
Entre o que está dentro com o que está dentro;
São infinitas as possibilidades de associações
Que fazem nascer os pensamentos,
A inconsciência, a desordem interior
E os labirintos onde sonhamos,
Onde nos perdemos interiormente
Feitos sonâmbulos e zumbis.

J.Nunes

18-11-2017   
 


A Sarça

No caminho a via cruz,
Em minhas mãos pregos e espinhos
Da árvore  Sarça, o  espinheiro,
Tive que passar por seus galhos, 
Minhas boca, mãos e em meu corpo
O sofrimento e o sangue  do Cordeiro de Deus,
As feridas provocadas pela árvore  de espinhos.
Sofrimento com alegria e amor. 

O diabo se veste de fêmea tentadora,
A consciência do Ser
E de pertencer à fraternidade
E a vontade de estar morto para o pecado,
Me dá força e poder
Para fulminar o diabo tentador,
As roupas são esvaziadas
Em cima no leito de pecado,
A fêmea diabólica evapora 
Com a pronúncia do verbo
E as conjurações em nome do Sangue do Cristo.

Um velho de aparência respeitável,
Me chama pelo nome,
Sou cortês com o elegante senhor,
Que me cumprimenta,
Nota que esse Senhor tem uma força um desproporcional a sua idade
E um cão de pequeno porte está aos seus pés,
O cão não simpatiza com minha pessoa,
Desconfio  que estou sendo simpático
Com outro demônio,
O verbo e o poder do Sangue do Cristo,
O diabo velho cai morto feito um animal repugnantemente.

Outros senhores entrar na cena:
_ Dizendo ele voltou...
Me retiro enquanto outro me chama pelo nome e diz
que eu havia esquecido um instrumento azul e de sopro...
Respondo que eu não trazia antes qualquer instrumento,
Ele diz para seus companheiros que entregaria a um sujeito asiático.

J.Nunes             

Vórtice na alma

O corpo girando muito rápido
Nas vórtices da alma
Que lança essa forma
De existência espiritual
Para dentro dos átomos,
Onde me choco feito
Um corpo celeste viajando no espaço
Entre átomos ou astros.

Sou lançado violentamente
Em direção aos astros do céu.

O corpo girando nas vórtices da alma
É lançado no universo,
Numa viagem sem tempo e espaço.

J.Nunes

08-11-2017

Poesia Imparcialista

Homem Natural

Resultado de imagem para são francisco e o cristo

Homem Natural 

A lei dos homens pune o crime,
Quando esses homens não são protegidos pelo Poder,
Por isso o homem precisa acreditar em Deus
Para que ele saiba que nada fica impune
E que o sacrifício não é em vão.

Me parece que o Naturalismo
Tentou substituir Deus
Pelo homem natural e bom.

O positivismo tentou menosprezar
O conhecimento empírico da alma,
Os pés dos homens místicos nas estrelas.

J.Nunes

Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira