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Caminhando no chão

Aprendendo a caminhar no chão

Desde quando aprendi a voar
Desaprendi a caminhar
Com os pés no chão...

Aprendi a saltar espaços e abismos infinitos,
Aprendi a subir e  deixar-se cair
Distância incalculáveis...
Aprendi a viajar na velocidade da luz,
A correr e saltar para outras dimensões,
A correr e andar no ar,
A correr e saltar até as estrelas do céu.

Agora, com muita humildade,
Estou reaprendendo
A caminhar com os pés no chão.

Desacostumado a caminhar,
Longas distâncias a pé,
Meu peito fica fadiga do e meu coração
Bate sufocado pela canceira.

J.Nunes    23 - 07 - 2016

Poesia espiritualista

Um céu azul na alma

Essas nuvens mutáveis com o vento
E esses pensamentos inconsistentes
Dentro e fora do tempo;
São iguais a essas nuvens
Que encobre o sol e o azul do céu.

Do mesmo modo
Os pensamentos encobrem
A claridade e a lucidez da alma.

Essas nuvens, sempre informes e despersas,
Não pertencem a esse azul celeste
E a essa claridade do sol, da lua e das estrelas.

Do mesmo jeito
Esses pensamentos inquieto e sem constância,
Que encobrem a lucidez da alma,
Não pertencem a unidade com o  ser.

É preciso silêncio; um céu azul na alma.

J.Nunes

20-07-2013

Poesia espiritualista

Aprecie-se!

Otávio Leal

Aprecie-se


Aprecio-me
Como aprecio a correnteza calma do riacho
E a paisagem ciliar a sua volta... 
Aprecio o que eu ainda posso a vir a ser,
Vejo meu esboço, vejo meus erros, 
Aprecio-me tanto... que não preciso  de aprovação. 

Aprecio-me na solidão de um monge,
Aprecio-me quando sereno na multidão eufórica,
Aprecio-me na contramão do mundo,
Aprecio-me na alma,  leve como um passarinho,
Bela, leve e colorida como uma mariposa.

Caminho em minha direção e aprecio-me,
Aprecio-me nos meus gostos,
Nos meus talentos e vocações,
Na minha voz, no meu sorriso,
No meu humor e nas minhas virtudes e no meu amor.

Gosto muito de mim,
Gosto tanto... que suporto a solidão de pessoas,
Gosto tanto de mim que não me importo
Com as aprovações dos outros sobre meus gostos.

Gosto de estar só para me apreciar...
Não a pecado em apreciar-nos,
Em nosso alma que é espelho de Deus.
Quando apreciamos a nós mesmos, 
Nossa alma nos sorri.
Me basto e sobro de alma!  

Aprecie-se! 
Estamos tão preocupados com o que dizem,
Com a aprovação dos outros, 
Com o sucesso, com progresso exterior 
Que não temos na alma 
Um olhar de apreciação para si mesmo.


J.Nunez     13-07-2016  

Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira