Pesquisar este blog

Poesia religiosa

Minha religião

O pensamento é um entre parênteses no meu silêncio.
Meu silêncio está cheio de entre parênteses.
Na prática minha religião
Não vai muito além de minha devoção aos santos,
Não vai muito além da mortificação dos pecados,
Da prática da virtude, da meditação
E dessa busca do silêncio interior.
Nos livros minha religião
Vai muito além desse exercício de fé e mística.

Francisco Medeiros

J.Nunez

Poesia espiritualista

Lamentações

Acordei com se viesse da morte para a vida,
Ou da inconsciência para a lucidez.
As mortes se apresentam em sonhos e símbolos.

Pelas ruas pessoas lamentam de tudo:
É o preço da carne,
É a situação do país,
A situação pessoal,
É o outro que incomoda,
É o trânsito congestionado,
São lamentos falados,
São lamentos remoídos...

Estou cansado de minhas próprias lamentações...
Calo o pensamento que mastiga
E remói a vida interior.

Jonas Corrêa Martins
J.Nunez






Vereda da simplificação da vida...



Mortificação

Viver pode ser também 
Uma espécie de morte...

Se encontrar pelo caminho
Coisas que foram minhas,
Não me traga de volta,
Não me dê notícias...

Estou me deixando pelo caminho,
Abandonando os fardos e o peso morto
Pela vereda da simplificação da vida...

Tenho aprendido algumas coisas,
A melhor delas é esse tipo de morte, 
Temos que morrer em nós mesmos.
Fora a alma, tudo é efêmero.

Jonas Corrêa Martins
J.Nunez


A poesia Imparcialista

A vida vai ficando cada vez mais dura perto do topo.
Friedrich Nietzsche

O Super-Homem de Nietzsche

As portas e as janelas da Poesia Imparcialista
Se fecharam para o mundo lá fora,
Já olhei muito para esse mundo...
Quero silêncio, a voz dos protestos me aborrece...
Esse converseiro, esse ruído lá fora me aborrece.

Esqueço esse mundo além dos meus olhos,
Minha imparcialidade é aqui dentro.
Quando olho o mundo lá fora,
Vejo a história do homem como uma luta vã...
Uma mecânica, um processo insano.
A única luta que fale a pena é libertar-se de si mesmo,
Ser atemporal, o Super-Homem de Nietzsche.

Um sábio fala em meu ouvido. 
Não pretendo ser desse tempo,
Ou de tempo algum, sou muito mais ambicioso,
Pretendo ser atemporal em mim mesmo.
A voz dos loucos se confunde com a voz dos sábios,
A voz dos sábios é a verdade imutável e atemporal,
A voz dos loucos é a ilusão e a mentira de um tempo.

A preocupação não vale a vida,
A vida só vale apena se a vivência
For muito além da vida e da morte.

J.Nunez



Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira