Lição de amor e humildade
Só voltarei à
poesia com a mística e os autodescobrimentos...
Volto à
poesia com a lição de humildade,
Com a lição
de amor materno,
De mãe, que ama aquele
filho que nada tem a oferece ao mundo...
Volto à
poesia com a lição de humildade daquele amigo
Que não tem nada para oferecer ao mundo;
Sem atrativos,
sem elegância,
Sem beleza, sem
talentos, sem bens materiais...
Volto à
poesia com a lição de humildade de uma mãe
Que ama seu
filho, quando nele não há nada de se admirar e atrair.
Essa mãe
deixa em mim a grande lição de amor
Que desce as
profundezas da humildade
E eleva à condição humana ao mais sublime que há alma.
Essa lição
de humildade me ensinou que na beleza
Esconde a minha fraqueza diante a fealdade da vida...
O amor as belezas
e ao sublime esconde o meu medo do ridículo,
Minha fuga
das coisas repugnantes,
A minha covardia
diante do sofrimento humano e da feiura humana,
A minha negligência
as dores e as chagas do próximo.
A grande
lição de humildade me faz recordar do amor
De São
Francisco de Assis entre os leprosos,
Que ama
aqueles que não têm nada a oferecer ao mundo;
É fácil amar
pessoas belas, inteligentes, ricas, divertidas, talentosas....
Essa grande
lição de amor e humildade me ensinou que o amor verdadeiro
Está em amar
aqueles que nada têm a oferecer,
A não ser, a sua
lição de sofrimento humano, doença, feiura
e dor....
E preciso
descer aos infernos humanos; aprender a lição de amor e humildade,
Depois
voltar se para à beleza sem apegos a ela.
É nos infernos
da condição humana que devemos crescer.
José Nunes
Pereira