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Um Silêncio Sem Corpo.

 Temos um conflito enorme com o existir,

não sabemos como se dá o existir,

estão para existir falamos,

para existir gritamos,

para existir participamos de tudo, 

respondemos a tudo,

pensamos no passado e vivemos no futuro

é assim que sentimos que existimos...

A verdade é que existiríamos de todo modo,

independente de falarmos, respondermos e ou de participarmos de tudo;

existir não está ligado a nada dessas ocupações físicas, sentimentais ou intelectuais,

o fato é que posso existir até mesmo sem corpo,

uma a voz sem corpo. 

Quando fecho os olhos e encontro o silêncio,

quando me esqueço onde coloquei meu corpo,

percebo que tanto faz o lado que minha cabeça ou meus pés estão,

de qualquer jeito existo, configurado do mesmo modo.

O fato de eu existir para o outro pode estar ligado ao não responder,

ao não sentir e ao não corresponder,

sou mais interessante e existo mais quando não sou a resposta para tudo,

mas o silêncio diante de tudo, 

O existir se dá com a sua presença de seu corpo e de sua energia,

de modo mais profundo, até mesmo sem um corpo,

um voz sem corpo, um silêncio sem corpo. 

Existir no agora nada tem a ver com o que penso de mim,

ou com o que pensam de mim,

nada tem a ver com o passado ou com o futuro.

Existo no exato instante independente ser ou ter sido.

Apenas sou até onde sinto, com direito a aprofundamento, 

do mesmo modo que olho até onde meus olhos alcançam,

ando até onde meus pés me levam. 


O momento presente, o sentir a cada instante

nos coloca mais perto

da realidade, e quanto 

mais consciente mais próximo

da realidade ficamos. 

J.Nunes 


Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira