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Antes e depois do silêncio

 

Antes do silêncio,

muito depois dos conceitos,

caminhando indiferente

 entre as ideias que fazemos de tudo;

está o que ignoramos,

e é indiferente a nossa verdade particular;

está ali, caminha feito a morte imparcial e fria,

ceifa nossas vidas junto com tudo que pensamos dela. 


Somos na mente o que pensamos ser,

no entanto, não somos nada!

porque tudo que pensamos ser não é mais que miragens 

de pensar que é. 


Antes do silêncio

é preciso ser unidade, é preciso ser simples,

a unidade de ser é um passo para o silêncio,

e depois do silêncio saberemos que não houve silêncio

porque Deus mora no silêncio, 

se houvesse silêncio não haveria Deus que é o verbo eterno,

como também não houveria tempo se não houvesse matéria,

porque tempo é matéria ocupando e desocupando espaço,

feito um bailarino dançando ao som do verbo eterno.

Também não haveria verdade,

porque a verdade mora depois do silêncio,

e pode caminhar indiferente aos nossos conceitos

que são fumaças que se dissipam no ar,

fantasma sem forma e sem consistência.  


Deus existe em contrapartida com tudo que não existe,

como é impossível afirmar o que não existe

sem a contrapartida de algo que existe, 

logo Deus existe

com a força descomunal que se afirma em tudo que existe. 

Deus existe na doçura de um canto de pássaro,

na fúria de um vulcão,

e se afirma em tudo que se vê,

e vibra em tudo o que é vida e morte.  


O conceito pode ser  uma via até

a fronteira da verdade e do silêncio,

depois não há silêncio  porque Deus é o verbo.

nunca houve silêncio; 

Deus vibra em tudo,

e tudo que vibra tem som.   

Nunes 



Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira