quinta-feira, 23 de abril de 2020
A lembrança da Morte

A lembrança da Morte
Feito Jonas te chamei das entranhas
do grande peixe,te chamei feito Jó
largado nas cinzas...
Não importa de onde eu clamo o teu nome,
eu te chamei no olho do furação,
me estendeste a mão a beira do abismo,
me colocaste de pé no meio da tempestade
me iluminaste na noite mais escura,
não importa onde estou,
não importa como estou,
eu te chamei das profundezas do inferno,
eu te chamo estando mais alto que as nuvens do céu;
não importa onde eu estou,
a lembrança da morte, a lembrança do pecado
me faz sempre o mais miserável entre os homens,
e me faz mortificado.
Hoje eu te chamo dos lugares
mais remotos do meu espírito,
mas foi preciso ser derrotado,
levado a beira da morte,
reduzido a um doente condenado,
ser jogado no pó da estrada,
para que eu deixasse a minha soberba
e reconhecesse que não sou nada...
e a morte está sempre a minha porta
feito justiceira indiferente e imparcial
Quando fui deixado aos pés da morte,
tudo perdeu a consistência
a vida foi miragem, fumaça dispersa ao vento,
quando minha soberba foi quebrada
levantei os olhos e encontrei
o seu o olhar de amor e misericórdia,
reconheci em Jesus Cristo
a única garantia de felicidade
e segurança aqui e mais além.
Nunes