A grande bolha tecnológica
Por que substituir gente por máquinas?
A máquina não come,
a máquina não defeca,
a máquina não consome bens e serviços,
não comemoram os dias das mães,
não dão presentes,
não entregam flores carregadas de sentimentos,
a máquina não tira férias,
não vai á praia e não sai para se divertir
em uma tarde de domingo.
Em um mundo exacerbado de máquinas
ocorrerá a bolha tecnológica.
Em um mundo dominado por máquinas
não haverá quem consome;
não teremos pessoas com recursos
para consumir o que a máquina produz,
e a máquina não pode produzir para si mesma,
ou para outras máquinas,
se assim fosse, as máquinas seriam pessoas
que comem até quatro vezes por dia,
vestem algumas peças de roupa por dia,
calçam sapatos bebem nos bares
e comem petiscos numa noite de sexta feira.
Se o mundo for das máquinas os governos terão que tirar
uma grande quantidade de impostos dos grandes
empresários, donos das máquinas,
para que o sistema continue funcionando,
mesmo que a base do assistencialismo
aos que estão fora do sistema,
para que assim funcione o mercado de produtos e serviços.
Em fim, a máquina não come e não defeca.
Um programa assistencialista mundial
e um governo que controlará e distribuirá um benefício
não mais que o suficiente para sustentar o sistema.
Na piores da hipóteses, os gananciosos donos das máquinas
se revoltarão e não aceitarão as regras e os impostos dos governos,
assim, decretarão o fim e a morte do sistema.
O que podemos notar é que os homens são naturalmente gananciosos.
Depois da grande bolha tecnológica o homem
não terá recursos para consumir o que é produzido por máquinas,
nesse momento crucial, viveremos de assistencialismo
em um mundo onde poucos poderão pagar por todos os bens e serviços disponíveis.
Sem o assistencialismo só restará aos governos do mundo
matar uma grande parte da população de sede e fome,
para que o mundo se torne um lugar para uma pequena parcela
que viverá após a explosão da grande bolha tecnológica.
Talvez, antes da bolha tecnológicos, os céus já tenha perdido a paciência
com a eterna ganância humana.
Antes da grande bolha tecnológica
muitos pontos de trabalhos deixarão de existir,
muitos prédios serão esvaziados e abandonados,
tudo será feito a distância e muitos processos serão mecanizados.
Pensaremos em viver em comunidades pequenas,
vivendo em um ritmo primitivo e romântico,
comendo o que criam e plantam.
Os governos perseguirão essas comunidades
porque se tornarão um perigo para o sistema de robotização do mundo.
As lutas sociais, que se resumiram em direitos sexuais e diversidade sexual,
serão obsoletas diante da realidade de um mundo robotizado
onde a mão de obra braçal, intelectual e até artística serão
predominantemente tecnológicas.
A arte será padronizada e o pensamento programado.
Nunes