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Uma Janela Aberta para o Universo

 




Uma Janela Aberta para o Universo

A minha real importância

é estar no mundo ocupando e desocupando espaço, 

feito um objeto colocado na água

que expande o espaço ocupado,

assim eu existo expandindo o espaço,

e movendo o espaço...

O tempo é espaço,

a matéria  é o tempo e o espaço.

O universo se expande e se comprime

com a matéria ocupando e desocupando o espaço.


Meu peito expande e se comprime feito 

o universo que respira, enquanto respira se expande 

e se comprime com a matéria ocupando e desocupando espaço.

O peixe na água faz parte da grande massa

que ocupa espaço, o peixe expande e move o espaço

enquanto se move o espaço deixado e preenchido por água,

eu também existo e me movo completando e expandindo o espaço.


Quando eu me movo, ou quando eu deixar de existir

ainda existirá espaço, porém ocupado por outra matéria. 

Não será o meu espaço e tempo, esse se move e morrerá comigo;

nascerá outro tempo e outro espaço 

dentro dessa matéria que ocupa espaço.  


Não sou essa ideia sobre as coisas,

não sou o conceito sobre as coisas,

sou apenas um corpo ocupando e desocupando espaço,

sou apenas um corpo, aparentemente, imóvel 

ocupando espaço, existo porque ocupo tempo e espaço.

Comprovo que o tempo é matéria e que não existe espaço vazio 

porque eu ocupo espaço e tempo.

A consciência de que existo e ocupo espaço,

a consciência de que não tenho qualquer importância no mundo

porque sou apenas matéria no espaço

e os conceitos não são meus, e que a consciência 

é uma janela que se abre para o universo

que se expande  e se comprime feito um peito que respira.


Eu sou apenas um corpo ocupando espaço, 

e a consciência é uma janela aberta para o universo.

O espaço deixado pelo silêncio de não ter conceitos

foi completado pela consciência de existir 

sem conceitos nesse espaço, nesse tempo e nessa matéria .


O silencio de existir sem conceitos abre

a janela do universo, não sou a janela do universo

sou apenas alguém debruçado sobre a grande janela do universo

que pulsa, comprime, expande, vibra, respira 

e é  a própria existência do tempo do espaço que é matéria.

 

Exito sem qualquer importância, e a consciência de existir 

sem qualquer importância, faz o caminho inverso

e sintetiza, condensa e unifica minha existência

em um corpo que existe e ocupa espaço 

e ganha consciência nessa ausência de conceitos

que abre uma janela para o universo

onde me debruço apaixonado pelo tudo.


Os conceitos e a nossa ilusão de importância no mundo

nos levam para muito longe de nós mesmos,

sonhamos ser tão significantes, porém de modo errado e equivocado,

Não tenho influência nenhuma no mundo,

minha influencia se limita ao espaço que ocupo e ao meu entorno,

quanto mais tenho consciência de minha insignificância

e de meu corpo ocupando espaço e minha mente vazia de conceitos,

mais significante torna para mim 

essa janela da consciência aberta para o universo.


Não sou os conceitos, posso até ser o som, mas não sou os conceitos,

as ideias que tenho sobre as coisas não sou eu,

sou apenas um corpo que ocupa espaço e debruça na janela do universo...    


Quando mais condensado mais espaço ocupado

por coisas que não vejo,

quando mais expandido mais espaço ocupado 

por coisa que também não vejo. 

E assim o universo vibra, expande e respira..  

Nunes   

       

 


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