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Nunes |
Os Imparcialistas
Eu que pensava que os poetas imparcialistas não existiam,
Pelo fato de eu ser um deles e não possui existência sólida,
Me deparei com um sujeito que em uma frase foi síntese
Daquele poeta frouxo de moralidade,
Fracassado em todos os sentidos, leviano
Fingindo leveza e serenidade na vida.
É claro que me refiro ao malabarista da moral,
Hermínio Vasconcelos.
Um sujeito dizia a uma mulher madura
E no auge das desilusões amorosas:
_ Você só não está comigo porque você não quer!
Se quiser é só me procurar!...
Quem mais poderia ser tão leviano e tão Frouxo na moral?
Somente ele Hermínio Vasconcelos...
Eu sei que somos o abstrato desse cara metido a filosofo de boteco e zona!
Esse cara que hora é plano e óbvio como um cristão
Quando é Francisco Medeiros, outra hora é holístico quando é
Saulo Menezes Castro, outra hora é da força descomunal quando
É Saturnino Queiros, outra hora é esse, outra hora é aquele...
E por fim não catorze e um outro que desconhecemos
Porque vive lá nos infernos, e de lá esse tal de J.Nunez
Ainda não teve coragem de arrancá-lo.
Se ainda são me apresentei, sou um deles: Salomão Alcantra,
O mais imparcialista e o mais cruel dos poetas imparcialistas...
Minha crueldade vem da franqueza, do realismo e da frieza em acarar-nos.
O que eu posso dizer a nosso favor e a favor de nosso movimento literário
É que só O tempo poderá nós tornar valiosos, geniais ou ridículos.
Salomão Alcântara