![]() |
O Imparcialismo |
Mentes traiçoeiras
O menino brincava em um canto do salão,
por um instante ele esqueceu da morte no centro da sala,
do velório e das lágrimas pelo pai,
quando voltou a si, se culpou,
se achou muito mal por esquecer
de seu pai por alguns minutos.
Voltou a si como se voltasse de um sonho bom,
voltar a si pode ser voltar a consciência,
ou simplesmente acordar depois de um sonho terminado,
porém, sair de um sonho não é necessariamente consciência,
é retomar a realidade de um instante.
A criança se sentiu muito mal
quando percebeu que o brinquedo
por um breve momento deve tanta importância
quando a morte e o velório de seus pai,
a criança se sentiu traída pela mente.
A mente é relativista,
a importância que damos aos fatos
se dão pela carga de sentimentos neles colocados.
A mente não sabe distinguir o valor
de um evento e de um fatos
tratando todos os friamente como acontecimentos,
são os sentimentos e pensamentos que fazem
uma escala de valor para cada circunstâncias.
A escala de valor da mente
é construída a partir dos interesses do ego,
e das circunstâncias e um dado momento.
Sentimos traídos pela mente
quando percebemos que temos apenas um corpo
que é usado por muitos pensamentos e sentimentos;
em um dado momento um pensamento assume o controle,
e nesse momento mudam todas as escalas de valores
isso ocorre porque a mente relativista
permite essa esse relativismo
com se todos os fatos e eventos fossem a mesma coisa.
O ego usa a mente de modo relativista.
A consciência se separa dos pensamentos e sentimentos,
reconhece essa traição,
e se atem em si mesma
podendo colocar os próprios critérios e escalas de valores.
Nunes