
Justiceira Imparcial
O que chamamos de felicidade é um sentimento,
quase que imediato,
ao que somos e vivemos no presente;
e não se liga ao que fomos um dia.
O que fomos se tornam apenas lembranças
e pensamentos que resultam em nostalgia
e imagens em nossa mente;
o que pretendemos ser é apenas miragens no tempo.
Olhando desse ponto de vista,
não importa muito nem o sucesso e nem o fracasso,
o que importa de fato
é a consciência diante da morte.
Quando nos deparamos com a morte e a consciência
caímos em um relativismo diante da vida,
e só nos resta um propósito muito maior
para que vençamos o relativismo da morte.
Tanto faz se estamos diante da morte
como rei ou mendigo,
ao encontrarmos com a justiceira imparcial,
o que importa nesse instante,
é a luz da consciência.
Nunes