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Ventre



Ventos de dias amargurados
Deixou-me entre a desordem desta casa,
Esquecido na confusão de sermos nós...
Ventos sopram do chão de nossa história
Sentimentos que nunca se vão.

Seu amor adormeceu
Em outras estações sem flores
E acordará numa primavera
Que farei em seu peito.

Neste deserto que é a minha alma na multidão,
Esperei por dias, uma outra primavera
Em teu seio, para que seu coração desabroche,
E eu possa habitar a sua alma repleta de flores.

O meu amor adormeceu na rotina,
E nos seus medos de sermos mais...
O seu amor adormeceu na loucura
Que carrego na alma, e na rotina que mata o amor,
E põem este deserto na alma.

Porém, Deus me deu o dom
de fazer primavera em dias amargurados,
Porei revoadas de pássaros em nosso céu,
Farol na praia e campos de flores silvestres
Brotaram no chão de nossa história.

Sempre te quis, sobre o altar da nobreza humana,
Dentro do meus sonhos loucos.
Sempre quis estar envolto em suas asas,
Que pode me levar para além de todos os astros.

Sempre quis nas noites de solidão a dois,
Envolver-te em minha asas e voar
Para onde meu coração olha, incansavelmente...,
E pousar no cume mais alto de ser humano.

Sempre te quis entre os arcanos sobre nosso leito
E sobre o altar levantado em seu nome,
Deusa temerosa de minhas loucuras.

Bebi do néctar de seu ventre,
Com toda a veneração que é possível a um ser humano,
Enlacei-me nas asas do teu ser,
Habitei a sua alma, escutei a voz de minha intuição
E selei com você um pacto
De amor e eternidade.

Agora espero o seu olhar para a grandeza da alma.
Um homem quando bebe o elixir de seu ventre
E ama com pureza e veneração;
Deixa de ser apenas Homem,
Deixa de ter apenas braços e ganha asas
E solidez na eternidade em espírito.

Nunes

Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

Conceito de Imparcialidade na literatura Imparcialista : Literatura brasileira