Se acaso andarmos em trevas
Brilhará
A virtude da paciência
Feito estrela solitária
Brilhará
Em um céu noturno.
Se acaso andarmos em trevas
Seremos constantes na luta
Certos de que há de chegar o outono
Certos de que haveremos de colher o fruto
De nossa persistência.
Pois tudo passa
Há sempre de surgir
Um sorriso em seu rosto
Certo como o sol há de surgir
Após dias de chuva e frio.
Se acaso andarmos em trevas
Nosso sorriso pode até
Se esconder por um instante
Mas nada desfalecerá
A esperança
E enquanto pulsar no peito um coração,
Enquanto raiar
Este sol nas manhãs de primavera
Teremos esperança.
Nunes
(Publicado na coletânea RODAS DO TEMPO da (extinta) Associação de Poetas e Escritores de Marília)