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E você não me vê...


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E você não me vê....

Passo todos os dias a sua porta,
Mas você não debruça na janela para me ver passar,
Nunca abriu a janela para me ver passar...

Nem sequer me deu um olhar 
Para que minha vida ganhasse um rumo,
Nem mesmo um sorriso para que eu morre por você...

Não ouvi um suspiro seu 
Que fosse por mim,
Para que minha ilusão  ganhasse sentido...
Sinto você tão distante 
Que não me dou o direito de sonhar. 

Eu suspirei por você
Como quem volta a vida quando te olha. 
Enfeitei a casa, fiz a barba,
Escancarei portas e janelas
Para você entrar com um sol da manhã...

Chamei por você como quem pede por piedade.
Chorei todas as vezes que você me negou um olhar,
Tentei falar... mas você não se importa,
O vento que passa e bate a sua porta
Chama mais a sua atenção que quando eu passo. 

Como se eu tivesse te perdido,
Te procurei na noite assustadora 
Nos dias de sol escaldante...
E me despertei feito  quem descobre que é um sonho.

Não sei como preencher meu dia,
Tudo que sei é que não há caminho,
Se você não me olha.
Desci as ruelas de homens desvalidos,
Morei entre os viciados, 
Estou morrendo entre os condenados,
E você não me vê...

Fiz de mim um abandonado,
Vesti, sujei  esse sentimento sublime 
Com o vício e o pecado
Para não ter que suportar 
A a sua presença de anjo. 

Ah!  se você me dar um sorriso, um olhar...
E se abrir os lábios para falar comigo
Como quem puxa conversa...
Eu fico despido de alma,
E sem reservas te entrego a minha vida...
Fico a seu dispor feito um servidor fiel,
Um amor que não existe sem a outra metade,
Feito essa lua que não se vê a outra face. 

Porque você não me vê....
Eu não existo. 
Conheço o paraíso eu sou um anjo caído,
E me foi negado o seu amor supremo...

José Nunes Pereira

Conceito de Imparcialidade na Literatura Imparcialista

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