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Sou fruto de um descuido do destino

Caminhei essa estrada sem chão,
Atrás eu  vejo alguém, a frente vejo outro alguém, na verdade vejo o mesmo homem,
Antes atrás  no caminho depois a frente no mesmo caminho.

Uma voz me fala versos similares aos do poeta Antonio Machado:
Meu caminho é  feito enquanto caminho.
Estou na vida por um erro da natureza,
Por um golpe de sorte, por uma superação improvável. Estou na vida porque escapei da morte...
Estou na vida sem um destino escrito,
Estou igual a um ator no palco encenando uma peça uma cena sem um roteiro escrito;
Estou na vida por um golpe de sorte,
Não tenho destino, apenas estou criando o caminho.

Eu pensei por toda vida que eu tinha um missão,  foi muito pretensão pensar que eu
Seria útil ao mundo. Agora eu sei que sou livre para ser qualquer coisa porque nada está programado para mim que deveria estar morto ou doente e sem autonomia.

Acordei para saber que ninguém espera qualquer coisa de minha insignificante pessoa.
No entanto eu me dou o trabalho de ser outro, sem pretensão de ser importante.

Aproveitando que estou vivo
E que por um golpe de sorte
Venci o destino e a morte
E ainda escapei por ser insignificante
Na  vida e no mundo; aproveitanto esse descuido do destino, serei outra coisa que não foi prevista, já que a loucura e a morte
Foi superada num golpe de sorte,
Num momento de total desprezo e indiferença das leis dos mundos sutiz.

Eu sou aquele perigo que cresceu nas sombras e ninguém viu.

Sou fruto de um descuido do destino...

José Nunes




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